segunda-feira, 25 de julho de 2011

Instinto selvagem dos gatos

Doméstico desde há milénios, o gato conservou a maior parte dos seus instintos silvestres. Podem, certamente, induzir-nos em erro os aspectos que fazem dele um perfeito gato de salão, e não é fácil crer que os seus comportamentos sejam os mesmos do que os das grandes feras. Contudo, no dia-a-dia, o animal que olhamos com olhos carinhosos dá lugar à sua verdadeira Natureza.

O exemplo mais elucidativo é o do gesto, simples e comum, do gato que se esfrega contra as pernas ou a face do seu dono: Sabemos que o animal manifesta deste modo o seu afecto, mas por sua vez, efectua uma troca de odores; de facto, graças às glândulas situadas na cauda e no focinho, o gato impregna com a sua marca pessoal os lugares e os indivíduos que o rodeiam. Este comportamento , comum a todos os felinos, é uma maneira de dizer que pertencemos à mesma família, equiparando-nos a um membro da sua espécie.
O processo de marcação de território é análogo a este comportamento. No código felino, uma propriedade é legitimada e reconhecida pelo cheiro; de facto, os machos delimitam o seu território espargindo urina, sacudindo a cauda como se fosse uma escova, sobre os elementos verticais do ambiente em que vivem, sejam todos de árvore ou plantas diversas, e na cidade, paredes, paus, tapumes, resumindo, qualquer ponto de referência que pareça fixo. Quando não são regados com urina, os objectos que se encontram no território são marcados por meio das glândulas odoríferas que o animal possui. Este cheiro, não detectável para o homem, será fácilmente identificado pelos eventuais felinos que passem.

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